segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Navios de Guerra

Propulsão.a) a vapor: a energia para girar o eixo propulsor vem do aquecimento de água em uma ou mais caldeiras que movimentam uma turbina a vapor. A alta rotação na saída da turbina é reduzida por um ou mais conjuntos de engrenagens redutoras.
O combustível que aquece as caldeiras pode ser diesel naval (MAR-C) ou "navy special", que é um óleo mais grosso.
O NAe São Paulo, os NDCC e NDD utilizam este tipo de propulsão.
b)a motor: consiste na utilização de grandes motores, normalmente movidos a óleo diesel naval, passando por um ou mais conjuntos de engrenagens redutoras.
A maioria dos navios da MB utiliza este tipo de propulsão, tais como navios-patrulha, varredores, hidro-oceanográficos, corvetas mais antigas, navios-tanque e outros.
As fragatas classe Niterói utilizam este tipo de propulsão para velocidades menores. Para velocidades maiores utilizam turbinas a gás.
c) turbinas a gás: a rotação é gerada por uma turbina, similar às de aviões a jato, com a diferença é que o combustível é um gás proveniente do óleo diesel naval, produzido pelo sistema do navio.
Também emprega engrenagens redutoras para permitir que os hélices atinjam velocidades compatíveis.
observação: altas velocidades dos hélices podem gerar um fenômeno chamado "cavitação", fazendo com que a eficiência dos hélices diminua, até mesmo ao ponto de, em altíssimas velocidades, gerar uma espécie de bolha de ar, dentro da qual o hélice fica girando sem gerar impulso.
d) sistema diesel-elétrico: a rotação do eixo é gerada por um motor elétrico, reduzida por meio de engrenagens redutoras. A energia elétrica é produzida por um motor-gerador movido a diesel e armazenada em um grande conjunto de baterias especiais. Este é o sistema dos submarinos convencionais da MB. Na Segunda Guerra Mundial, foram construídos contratorpedeiros (destroyeres) americanos com este tipo de propulsão. Um deles é o atual navio-museu Bauru, que pode ser visitado no espaço cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.
Observação: na maioria dos submarinos com propulsão nuclear a energia elétrica é gerada por um sistema de caldeira, que aquece água e gira uma turbina a vapor. Esta movimenta um gerador elétrico, que, por sua vez, armazena eletricidade nas baterias.

Hélices.
Podem ser de passo variável ou de passo controlável.
Resumidamente, passo é o ângulo com que cada pá do hélice corta a água.
As de passo variável são completamente rígidas e as de passo controlável podem ter a angulação de cada uma das pás controlada, de maneira a criar combinações (rotação + ângulo (passo) das pás) que controlam a velocidade desejada na superfície.

Geração de água potável.
A maioria dos navios da MB (somente os maiores) geram sua própria água para consumo interno, empregando grupos destilatórios que vaporizam e condensam a água do mar (processo de destilação) ou por grupos de osmose reversa. Osmose reversa é um processo mecânico que utiliza pressão para forçar a água salgada a passar por filtros especiais, com microfuros onde as moléculas maiores, como as do sal, por exemplo, não conseguem passar.

Materiais usados na construção.
A maioria é construído em aço, porém existem cascos de madeira, alumínio ou compósitos sintéticos.
Os cascos de madeira, aqui no Brasil, são empregados nos navios-varredores de minas, por não gerar magnetismo que possam acionar minas de influência magnética.

Sensores e outros eletrônicos.De uma forma geral, todos possuem radar de superfície, equipamentos de rádio comunicação, ecobatímetros, agulhas magnéticas (bússolas) e agulhas giroscópicas, anemômetros, holofotes de comunicação e GPS.
Os de combate também podem possuir radares aéreos, sonares, sistemas de direção de tiro e comunicações por satélite.

Armamentos.
Os mais usados são canhões, torpedos anti-submarino, foguetes anti-submarino, mísseis superfície-superfície, mísseis superfície-ar e metraladoras.
Muitos dos que possuem convés de vôo (fragatas e corvetas) podem lançar armamentos por meio de seus helicópteros, como mísseis, torpedos e bombas de profundidade.
As aeronaves de ataque de asa fixa (sky hawk) são também vetores de armas, como bombas e mísseis ar-ar.






Nenhum comentário:

Postar um comentário